Por que as pessoas não fazem terapia - Parte VII

“Achar que vai perder alguma coisa se for curado”

Em muitas situações, por piores que sejam os problemas pelas quais a pessoa possa estar passando, sejam dores emocionais ou físicas, pode ocorrer, seja consciente ou inconscientemente, uma sensação de que existe algo de positivo, algum ganho ou compensação que ela consegue, justamente por causa do estado em que se encontra. E essa percepção pode acabar fazendo com que o doente evite buscar a ajuda que necessita ou mesmo que a procure, ou acabe não levando adiante o tratamento, muitas vezes colocando vários obstáculos e fazendo com que ele mesmo sabote os processos de cura.

Uma pessoa que sofre de depressão por exemplo, apesar de todo o quadro desagradável que isso acarreta para a vida da pessoa e para os que estão a sua volta, também pode trazer ganhos, como uma maior atenção das pessoas, uma maior condescendência por parte dos colegas de trabalho e da empresa, uma menor cobrança nas suas responsabilidades, dentre outros “benefícios” possíveis. Por mais que o estado depressivo cause sofrimento, mesmo que a pessoa não perceba, o seu inconsciente não vai querer perder todos as “vantagens” que ele acredita que foram conseguidas justamente por causa do seu problema.

Esse medo consciente ou inconsciente, também pode levar à perpetuação e a repetição de situações negativas, desde estados físicos e emocionais indesejados, como a manutenção de relações abusivas e tóxicas, por achar que os ganhos obtidos compensam o sofrimento por que passam.

Tal comportamento além de prejudicar a própria pessoa, acaba muitas vezes prejudicando as pessoas do seu convívio, que são obrigadas a suportar e cuidar do doente que, aparentemente, não quer se curar, sem entenderem o porquê dessa postura aparentemente sem sentido.

A Smart Therapy busca despertar o potencial das pessoas para que elas percebam que não precisam da pena das pessoas, não precisam sofrer para ganhar algo, mas que através do amor, seja próprio ou pelos outros, ela possa suprir as suas próprias necessidades e dos que a rodeiam.