Muitas pessoas pautam as suas decisões na racionalidade, pesando prós e contras das suas escolhas e o impacto delas na sua vida presente e futura.
Outras tomam suas decisões baseadas nas suas emoções, naquilo que sentem que tem que fazer, mesmo que não saibam exatamente o porquê tem essa sensação.
Enquanto os integrantes do primeiro grupo podem ser taxados de frios, insensíveis e até em alguns casos como indecisos, já que pensam muito antes de tomar alguma atitude, as pessoas do segundo grupo muitas vezes são consideradas impulsivas, inconsequentes, imaturas.
Por mais diferentes que possam parecer o comportamento dos dois grupos, segundo estudos de neurocientistas, eles podem ter mais pontos em comum do que podemos imaginar.
Foram feitos testes com voluntários que eram submetidos a situações onde eles seriam obrigados a tomar determinadas decisões, sendo que foram ligados aparelhos para medir as áreas do cérebro que seriam estimuladas, diante dessas questões apresentadas. O que se notou é que mesmo em situações onde as decisões teriam que ser pautados pela lógica e racionalidade, a primeira área ativada no cérebro não era a parte responsável pela razão mas sim a parte emocional. Assim, em frações de segundo, a decisão era rapidamente tomada, mas baseada na área responsável pela emoção e não pela razão.
Esses neurocientistas chegaram à conclusão que, invariavelmente, o componente emocional era a parte mais decisiva em uma escolha. O que ocorria é que uma vez tomada a decisão emocional, o cérebro de uma pessoa tida como racional buscava justificativas lógicas e racionais para justificar a decisão que foi tomada emocionalmente.
Claro que esse é apenas um dos vários estudos que neurocientistas do mundo desenvolvem, focando nos mais diversos aspectos do funcionamento do nosso cérebro.
Mas apesar de não ser algo completamente conclusivo, é interessante sabermos da possibilidade que o nosso emocional pode afetar as nossas decisões e até mesmo a nossa lógica e razão, as quais sempre imaginamos serem coisas separadas das nossas emoções.
Por isso, ao trabalharmos a nossa parte emocional, seja ela consciente ou inconsciente, podemos colher frutos inesperados até mesmo em áreas que sequer imaginaríamos que poderiam ser afetadas pelas nossas emoções e sentimentos.
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