Geralmente assim como num iceberg real, os nossos icebergs emocionais podem ter uma “pontinha” para fora do nosso oceano do inconsciente. Essa pontinha pode servir como um sinalizador, um indicador de que determinado sentimento existe e está nos incomodando, mesmo que ignoremos essa pontinha, muitas vezes sem ter noção do tamanho real do que está por trás daquela pontinha que percebemos.
O problema é que muitas vezes, o iceberg emocional pode estar totalmente submerso no nosso inconsciente, sem dar sinais para que possamos perceber a origem dos nossos problemas.
Isso pode ocorrer por exemplo, quando a pessoa passa por uma situação traumática quando é muito criança, quando ainda não desenvolveu uma capacidade racional para sequer entender o que se passou com ela. Por isso uma situação traumática para uma criança muito nova, pode ser até uma situação absolutamente normal para um adulto, mas pela falta de maturidade, essa situação pode adquirir uma dimensão totalmente diferente para uma criança. Dependendo da situação, uma simples bronca ou castigo que para um adulto seria absolutamente justificável, para uma criança imatura, pode significar uma experiência incompreensível e traumatizante, pois ela pode nem saber o que está acontecendo e porquê.
Desta forma, a criança vai gravar em seu inconsciente, memórias e sentimentos de acordo com o seu entendimento infantil, o qual pode não corresponder a realidade do que realmente aconteceu, não sendo lógico e muito menos racional. Mas uma vez instalado no inconsciente, esse trauma pode atuar de diversas maneiras, interferindo no comportamento, gerando medos e fobias inconscientes, sintomas físicos sem explicação, muitas vezes durante toda a vida.
E tudo isso, sem mesmo a pessoa saber de onde vem a causa, pois ela não tem a mínima lembrança (consciente) do que aconteceu quando ela era uma criança ou até mesmo bebê, não ficando nenhuma pontinha do iceberg emocional para fora do inconsciente, para indicar a ela a origem do problema.
Esses icebergs sem ponta também podem ser gerados na fase adulta, dependendo da nível de trauma, onde o nosso cérebro pode bloquear o acesso a determinadas informações, para nos proteger, “escondendo” o problema para tentar nos preservar. Só que esse mecanismo acaba criando uma armadilha para nós mesmos, nos afetando continuamente sem percebermos.
O protocolo da Smart Therapy prevê a existência desses icebergs emocionais escondidos e métodos para fazer com que eles venham à tona para serem trabalhados de uma forma assertiva.
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