Existe um conto atribuído a indígenas norte-americanos que diz que possuímos dentro de nós, dois lobos, um bom e um mau, representando os nossos instintos, pensamentos e sentimentos bons e ruins e que estão em constante batalha. Quando o menino pergunta ao pai quem vence, ele recebe a resposta de que o lobo que nós alimentamos é que ganha essa briga interna que travamos todos os dias.
Sem dúvida, alimentarmos o nosso lado bom reforça as nossas virtudes e dá força para que possamos continuar a caminhar na trilha do bem.
Só que apenas não alimentar o nosso lado ruim, na maior parte das vezes, não é suficiente para eliminarmos os nossos conflitos íntimos.
Não alimentar o nosso lobo mau, as vezes em de vez de enfraquece-lo, vai apenas deixa-lo mais faminto. E lobos famintos podem ficar mais ferozes e agressivos.
Assim, se damos ênfase ao nosso lado bom, mas reprimimos, negamos ou escondemos o nosso lado ruim, muitas vezes acabamos dando mais força a esse lado obscuro, que quando emerge, as vezes vem com uma força incontrolável que não conseguimos evitar, nem mesmo com o nosso lobo bom bem alimentado.
Por isso, além de alimentarmos o nosso lobo bom, não podemos “esquecer” do nosso lobo mau. Infelizmente, o nosso lobo mau interno não morre de fome, ele apenas vai ficando mais faminto e feroz, atacando de todas as formas até ser notado e ter os seus desejos atendidos e a sua fome saciada. Sintomas físicos, como dores e sintomas emocionais, como distúrbios e transtornos, podem ser o seu lobo mau com fome e tentando chamar a sua atenção.
Apenas não alimentar o nosso lobo mau, tentar ignorá-lo, talvez seja transforma-lo num monstro mais forte ainda que, em algum momento vai querer nos devorar por inteiro. Por isso, ao invés de mantê-lo preso e faminto dentro de nós, precisamos justamente dar a atenção que ele necessita e resolver os seus conflitos, isto é, fazer com que a causa da existência da sua agressividade deixe de existir e ele possa viver em paz.
A Smart Therapy não busca reprimir o nosso lobo mau, mas justamente trabalhar para que ele deixe de ser “mau” e possamos nos libertar dessa briga interior que tanto pode nos desgastar e atrasar a nossa vida.
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